quinta-feira, 28 de junho de 2007

Feira destaca produção familiar do Nortão de Mato Grosso

Agricultores e agricultoras familiares expõem seus produtos e sua arte em Lucas do Rio Verde


Uma boa experiência e oportunidade de apresentar suas comunidades e sua produção. Assim Magali de Souza Mendonça define a feira Saberes e Sabores, realizada nos dias 25 e 26 de junho em Lucas do Rio Verde. “Quem gostou, gostou muito. Fica um gostinho de quero mais para o ano que vem”, ressalta a jovem, que mora na Comunidade Nazaré, em Carlinda.
Realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) do município, a feira reuniu agricultores e agricultoras familiares do Nortão de Mato Grosso. Foram 12 barracas com grande variedade de produtos, como alimentos caseiros e naturais, artesanatos, biojóias e ervas medicinais. “Os grupos trouxeram produtos diferentes e isso deu uma diversificada muito boa. Conseguimos comercializar tudo o que tínhamos”, acrescenta Magali.
O evento proporcionou a comercialização da produção das comunidades rurais e criou uma relação de troca de experiências entre elas. De acordo com Geneci Vedana, presidente da associação de mulheres da comunidade União, em Nova Guarita, sair de dentro das comunidades para saber o que acontece fora é muito importante. “Esses encontros abrem nossa cabeça para coisas nova. A gente volta para casa com mais conhecimento da nossa realidade, e isso ajuda a gente a pensar em como melhorar”, ressalta Geneci.
Segundo Epifania Vuaden, coordenadora de projetos do STR de Lucas do Rio Verde, participaram da feira o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Mutum, Associações PA Califórnia e Entre Rios, Instituto Padre João Peter, Instituto Ouro Verde (IOV), Instituto Centro de Vida (ICV), Ecocachimbo, Cooperagrepa e Grupo de Apoio e Proteção Ambiental (Gapa) e Instituto Socioambiental (ISA).
“Queremos que a sociedade e o governo olhem com mais carinho para os assentamentos. Este pessoal está produzindo, mas têm dificuldades de comercializar, por isso propusemos a feira. Para mostrar o trabalho destas pessoas. É uma forma de apresentá-las ao mercado, de fazer contatos e trocar experiências”, ressalta a coordenadora.

Programação Cultural

As noites na rua Giruá, em frente ao Sindicato se transformaram em uma grande festa durante a feira. Quem esteve no local pôde aproveitar a programação cultural feita pelo Ponto de Cultura do Nortão, ação do programa Cultura Viva do Ministério da Cultura e executada pelo STR de Lucas do Rio Verde.
Com muita música e dança algumas atrações se destacaram na programação, como a exibição do documentário Manejo Comunitário, realizado na comunidade Ribeirão Grande, em Nova Mutum; a peça teatral Vote em Mim, do Teatro Experimental de Alta Floresta e quadrilha.
As músicas de Maria Maia, agricultura maranhense assentada em Peixoto de Azevedo também chamaram a atenção do público. Suas composições contam a história do desmatamento do norte de Mato Grosso, a luta diária dos assentados na região, a importância da paz no campo e da preservação ambiental.
Rede
Saberes e Sabores fez parte das atividades da Rede BR163+Xingu. A rede integra entidades executoras e comunidades beneficiárias de Projetos de Alternativas ao Desmatamento e as Queimadas (PDA/PADEQ), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Mato Grosso. Os projetos apoiados pelo PDA/PADEQ buscam alternativas econômicas sustentáveis para as propriedades rurais de assentados e assentadas com o objetivo de promover a sustentabilidade das famílias, eliminado o uso do fogo e promovendo o controle dos desmatamentos e o uso racional dos recursos naturais.
Os projetos ligados à Rede BR163+Xingu também fazem parte da Campanha Y IKatu Xingu, que reúne entidades representantes de índios, agricultores, fazendeiros, pesquisadores, organizações da sociedade civil entre outros, tem como objetivo recuperar e proteger as nascentes e cabeceiras do rio Xingu.


Por Maria Elisa Corrêa
Estação Vida


segunda-feira, 25 de junho de 2007

Dados indicam que devastação não traz desenvolvimento

Abertura do Seminário da Agricultura Familiar coloca em discussão modelo de desenvolvimento de Mato Grosso

A necessidade de colocar o modelo de desenvolvimento adotado até agora em Mato Grosso na pauta de discussão das instituições públicas, sociedade civil e movimentos sociais é um dos principais recados do Seminário da Agricultura Familiar do Norte de Mato Grosso. Isto porque mesmo com o expressivo crescimento da produção agrícola do Estado, as riquezas produzidas não têm chegado aos pequenos agricultores e agricultoras.

Na palestra da manhã desta segunda-feira, 24, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Lucas do Rio Verde, Alexandre Olival mostrou uma série de dados estatísticos dos últimos 15 anos, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), variação de renda, concentração das propriedades, desmatamento e produção econômica nos municípios abrangidos pela Rede BR163+Xingu.

Coordenador do projeto PDA/Padeq de Carlinda e técnico do Instituto Ouro Verde, Olival relacionou dados sobre desmatamento e queimadas em nove municípios onde há projetos da Rede, com indicadores sociais e econômicos. Juntos, os nove municípios respondem por 9% dos focos de queimadas de Mato Grosso no período entre 2000 e 2006, e metade deles já tem pelo menos metade de sua área total desmatada.

No entanto, o uso intensivo dos recursos naturais não significa melhora na qualidade de vida da população, especialmente dos pequenos agricultores. Em municípios onde a fronteira do desmatamento é mais antiga como Nova Guarita, com quase 80% de sua extensão territorial desmatada, a renda média da população, segundo o IDH, cresceu menos de 10% em 10 anos.

No outro extremo, municípios onde a expansão agrícola e o desmatamento são mais recentes, caso de Vera, Nova Ubiratã e Novo Mundo, onde há um número maior de focos de queimadas e desmatamento, há queda na renda média da população e aumento significativo do número de indigentes nos últimos anos.

Na avaliação de Olival, a reflexão que os dados indicam é que, se a agricultura familiar repetir o que vem sendo a proposta de desenvolvimento de Mato Grosso nas duas últimas décadas, o cenário de pobreza e degradação dificilmente vai se modificar. E a saída para esse problema também não pode ser uma simples maquiagem ecológica.

"Temos que perceber que é preciso mais do que parar de usar veneno e plantar árvores, precisamos de outro modelo de desenvolvimento, de alternativas reais de desenvolvimento para a agricultura familiar que contemples todas as dimensões da sustentabilidade, que incluem aspectos econômicos, políticos, culturais, ambientais e muitos outros.", ressalta Alexandre Olival.

Rede BR163+Xingu

É justamente nesse sentido que caminham os projetos da Rede BR163+Xingu, que reúne projetos de conservação socioambiental no eixo da rodovia BR-163 e na Bacia do Rio Xingu. Todos os projetos, apoiados pelo PDA/Padeq do Ministério do Meio Ambiente, buscam alternativas econômicas sustentáveis para agricultores e agricultoras familiares, desde a recuperação de pastagens e áreas degradadas, até agroextrativismo, apicultura e outras atividades produtivas.

Entre os participantes da rede, a avaliação de que é preciso rever o modelo de desenvolvimento que está posto. "Nós precisamos produzir, mas com responsabilidade socioambiental", afirma Paulo Sérgio Araújo, vice-prefeito do município de Vera, onde é desenvolvido um projeto no Assentamento Califórnia.

Comercialização

Nilfo Wandscheer, presidente do STR de Lucas do Rio Verde e coordenador da Rede BR163+Xingu coloca outro ponto na discussão: a necessidade de se ter, além de alternativas de produção para agricultores e agricultoras familiares, uma rede estável de comercialização. Nilfo lembra que a venda individual da produção dos pequenos sítios, mesmo no comércio local, é difícil.

Os mercados exigem regularidade na entrega de produtos e somente a união de grupos de pequenos produtores pode garantir a escala necessária para manter espaços de venda regulares. "Além disso, precisamos começar a puxar a linha do consumo consciente, ou seja, colocar na rotina das pessoas saber de onde vem o que elas estão consumindo e valorizar aquilo que é produzido pela agricultura familiar".

É nesse sentido que a organização do Seminário também organizou a Feira Saberes e Sabores, que acontece até amanhã, terça-feira (25), em frente ao STR de Lucas do Rio Verde. Um espaço para mostrar e vender a produção de agricultores e agricultoras do eixo da BR-163 e Bacia do Xingu, envolvidos em iniciativas de alternativas de produção econômica e ecológica. Os eventos fazem parte da Campanha Y Ikatu Xingu.

Gisele Neuls
Estação Vida

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Feira apresenta produção de agricultores familiares do norte de Mato Grosso


Maria Elisa-ICV


Com o intuito de divulgar a produção de agricultores e agricultoras familiares do norte de Mato Grosso, acontece nos dias 25 e 26 de junho, em Lucas do Rio Verde, a Feira Saberes e Sabores, juntamente com o Seminário da Agricultura Familiar no Norte de MT. A iniciativa é do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde (STR LRV) e faz parte das atividades da Rede BR163+Xingu.

De acordo com a coordenadora de projetos do sindicato de Lucas do Rio Verde, Epifânia Vuaden, a feira acontece para suprir as dificuldades de adaptação ao mercado, enfrentadas pelos agricultores e agricultoras. “Queremos provocar a sociedade e o governo para olharem com mais carinho para os assentamentos. Este pessoal está produzindo, mas têm dificuldades de comercializar, por isso propusemos a feira. Para mostrar o trabalho destas pessoas. É uma forma de apresentá-las ao mercado, de fazer contatos e trocar experiências”, ressalta a coordenadora.

Entre os produtos dispostos na feira estarão: mel, melado, rapadura, castanha-do-Brasil, geléia, licor, frutas desidratadas, ervas medicinais, sabonetes, xampus, além de unidade demonstrativa de construção de cercas elétricas.

Para o evento estão previstas as participações do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Mutum, Associações PA Califórnia e Entre Rios, Instituto Padre João Peter, Instituto Ouro Verde (IOV), Instituto Centro de Vida (ICV), Ecocachimbo, Cooperagrepa e Grupo de Apoio e Proteção Ambiental (Gapa) e ISA.

A estrutura da Feira de Saberes e Sabores já está sendo construída durante a Oficina de Bioconstrução. Todas as bancas são feitas em bambu, pelos próprios expositores da feira, mostrando uma técnica barata com material abundante em nossa região.

Os expositores são beneficiários dos Projetos de Alternativas ao Desmatamento e as Queimadas (PDA/PADEQ), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Mato Grosso, ou associados a entidades filiadas a Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). Os projetos apoiados pelo PDA/PADEQ buscam alternativas econômicas sustentáveis para as propriedades rurais de assentados e assentadas. Seu objetivo é promover a sustentabilidade das famílias, eliminado o uso do fogo e promovendo o controle dos desmatamentos e o uso racional dos recursos naturais.

Os projetos ligados à Rede BR163+Xingu também fazem parte da Campanha Y IKatu Xingu, que reúne 340 entidades representantes de índios, agricultores, fazendeiros, pesquisadores, organizações da sociedade civil entre outros, tem como objetivo recuperar e proteger as nascentes e cabeceiras do rio Xingu.

O Seminário será realizado no auditório do STR, na Rua Giruá 1196 E, Cidade Nova. Os debates acontecem das 08h às 15h30, e a Feira Saberes e Sabores estará aberta para visitação das 16h às 22h, com apresentações culturais como música, poesia e teatro.

Mais informações: (65) 3549 2629 ou (65) 3549 1819

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Nilfo Wandscher é reeleito com aprovação de 87%


Willian Gonçalves
Epifania Vuaden

Durante todo o dia 09 de junho de 2007, os associados e as associadas do STR LRV participaram do congresso eleitoral e da votação. A Federação dos Trabalhadores da Agricultura ( Fetagri-MT), Fórum Mato-grossense do Meio Ambiente( Formad),as associações e STR da região filiados ao Grupo de Trabalho Amazônico marcaram presença nos debates e em todo o processo eleitoral.
Apenas uma chapa teve sua candidatura registrada, liderada por Nilfo Wandscher. Apesar da chapa única houve uma grande renovação no quadro da diretoria, apenas quatro dos dezesseis membros da chapa permanecem.
As eleições foram encerradas as 17:00 hs pontualmente. A apuração dos votos foi feita pela comissão eleitoral juntamente com os fiscais.A chapa única composta por associados componentes da diretoria que tinha como presidente Nilfo Wandscher conquistou 87% dos votos válidos.
Claudiomir Boff, presidente da comissão eleitoral, anunciou o resultado e deu posse a nova diretoria. A mesa de honra foi composta pelas entidades presentes e um representante do legislativo, o vereador Raimundo Dantas, além é claro do reeleito presidente Nilfo Wandscher. Antonio Paulo da Fetagri, cobrou incisivamente do poder legislativo maior participação nas ações sindicais, visto que muitas vezes algumas secretarias que deveriam apoiar essas ações se tornam um obstáculo para o bom andamento das ações.
Nilfo Wandscher ao pronunciar agradeceu a todos pela confiança nele depositada e em todos os componentes da chapa, bem como na equipe, e num desabafo, falou do descontentamento e da insatisfação de todos os sócios em relação as atitudes e ações da secretaria de agricultura e meio ambiente, no momento em que falava Nilfo Wandscher foi interrompido pelos presentes aplaudiram de pé.
O vereador Raimundo Dantas, que já fez duras críticas ao Sindicato no caso da denúncia do agrotóxico, falou da importância do sindicato para Lucas do Rio Verde, principalmente quando se fala em questões ambientais e sociais,o sindicato segundo ele já se tornou referência no assunto.
A mesa foi desfeita,e teve início a festa de posse,que aconteceu no próprio sindicato, musica e muita alegria não faltou, para comemorar a vitória.
Pelo telefone Mara Régia da Radio Nacional da Amazônia parabenizou o amigo Nilfo, pela vitória.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

ATO REGISTRA: UM ANO DE PLANO BR-163 SUSTENTÁVEL PARADO Organizações da sociedade civil protocolam bolo de aniversário no Palácio do Planalto


Bruno Resende
Augusto Pereira

O dia internacional do Meio Ambiente, foi marcado por um protesto em Brasília, realizado pelo Consórcio de Desenvolvimento Socioambiental da BR-163 (CONDESSA). O protesto contou com bolo, bexigas, línguas de sogra, apitos e palhaços em pernas de pau. O ato público aconteceu às 10h, na Praça dos Três Poderes. Representantes de organizações da sociedade civil que integram o CONDESSA protocolaram, no Palácio do Planalto, um documento com críticas à ausência de ações governamentais para pôr o Plano BR-163 Sustentável em prática.
O GTA Norte de Mato Grosso, cuja sede é o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, para "comemorar" um ano do lançamento do Plano BR-163 Sustentável divulgou o documento protocolado em Brasília. A divulgação do documento aconteceu,também às 10h (horário local), na sede do STR.
O documento entregue aos órgãos de imprensa, em 19 ministérios e na Presidência da República traça um panorama do processo de construção do plano, avalia as iniciativas do governo federal após um ano de seu lançamento e aponta demandas urgentes das comunidades da área de influência da estrada ainda não atendidas. A alguns órgãos, o documento foi entregue com perguntas específicas, sobre suas atuações no plano. As respostas serão divulgadas nas próximas semanas.
Os organizadores da manifestação exigem, principalmente, que o modelo de gestão do plano seja decretado o quanto antes, permitindo a implementação participativa de um conjunto de iniciativas, para redução dos impactos socioambientais do asfaltamento e duplicação da rodovia BR-163 (trecho Cuiabá-Santarém). A minuta do decreto está parada na Casa Civil há vários meses.
O Plano BR-163 Sustentável foi lançado em 2006, e vem sendo apresentado pelo governo federal como exemplo de planejamento socioambiental de grandes obras de infra-estrutura na Amazônia. Foi construído a partir de 2004, pelo chamado Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), que conta com representantes de vários ministérios, em função do plano. A estrada deve passar por obras de asfaltamento e duplicação em um trecho de quase mil quilômetros - uma reivindicação de empresários da região. A BR-163 é considerada uma das principais vias de escoamento da produção de grãos, carne e madeira do norte do Mato Grosso e do Pará.
O plano pretende atender às demandas das comunidades ao longo da rodovia, com ações para melhorar a qualidade de vida na região, e reduzir os inevitáveis impactos sociais e ambientais que a obra vai causar, como o aumento do desmatamento e de queimadas, grilagem de terras, migração, entre outros. O CONDESSA foi criado em 27 de novembro de 2004, para fazer ativa interlocução com o governo federal, buscando viabilizar a implementação de ações prioritárias levantadas pelos movimentos sociais, ambientais e produtores familiares, em relação ao asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém. A criação do consórcio foi consolidada durante um encontro de lideranças dos movimentos sociais, em Alter do Chão, no município de Santarém (PA).


O CONDESSA acompanhou ativamente todo o processo de desenvolvimento do Plano BR-163 Sustentável. Hoje, o consórcio conta com cerca de 50 entidades filiadas. Compõem a coordenação do consórcio: Grupo de Trabalho Amazônico (Rede GTA), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri PA), Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD), Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), Instituto Socioambiental (ISA) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
(IPAM).

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Sindicato promove congresso durante a eleição



Augusto Pereira

“A eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde promete ser tranqüila, mas com boa participação dos associados”, é o que espera Claudiomir Boff, presidente da comissão eleitoral.
Durante a eleição, no dia 9 de junho, acontece o Congresso Eleitoral com a participação de representantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri MT), Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). No Congresso os representantes das entidades debaterão sobre as dificuldades e expectativas dos movimentos sociais. Também será foco do debate a importância da participação social nas instituições representativas (sindicatos e associações).
O atual mandato do Sindicato se encerra neste mês de junho, mas alguns componentes da atual diretoria estão na composição da nova chapa, entre eles, Nilfo Wandscheer, atual presidente e candidato à reeleição. O prazo se encerrou no dia 20 de maio e somente uma chapa teve sua candidatura registrada. Apesar da chapa única houve uma grande renovação no quadro da diretoria em campanha, pois somente quatro, dos dezesseis membros da chapa permanecem.
Todos os sócios, em dia com suas obrigações sindicais, tem direito a voto. A urna fica aberta das 8h às 17h. Terminada a apuração a chapa eleita será empossada no mesmo dia.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Arte escrita, cantada e televisada



Maria Maia ficou feliz com o resultado da gravação. Depois de anos querendo fazer um registro de suas composições a agricultora maranhense, assentada em Peixoto de Azevedo (MT) pode ouvir sua voz gravada com qualidade e acompanhada de violões como ela queria. Mas quem ficou realmente surpresa foi Rena Wollemberg, assentada em Ribeirão Grande, Nova Mutum. Rena assistiu o vídeo Manejo Comunitário, realizado na comunidade em que vive, onde ela mesma é entrevistada.

A música de Maria Maia, “Apelo ao mundo”, e o vídeo são produtos do PC Nortão, Ponto de Cultura cuja entidade proponente é o STR de Lucas do Rio Verde. Essas eram duas realizações que estavam pendentes e quase finalizadas, mas dentro da proposta de fazer todo o trabalho em softwares livres tivemos algumas dificuldades.

Para superá-las chamamos o pessoal do Cultura Digital, um dos braços do programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. Daniel Prado, Pedro Bayeux, Renato Cortez e Haina Castro vieram a Lucas do Rio Verde dar uma oficina de finalização de vídeo e áudio. A oficina aconteceu simultânea com o Seminário de Formação de Monitores do projeto Governança Florestal na Bacia do Xingu. O seminário foi uma oportunidade de mostar ao Cultura Digital como a agroecologia está sintonizada com a idéia de softwares e conhecimentos livres.

As atividades da oficina de Finalização de Vídeo e Áudio começavam às 8:30 da manhã mas só paravam na madrugada. Recentemente a Associação do PA Entre Rios teve seu jornal impresso, com a colaboração do PC Nortão, e Ambrósio Pereira Carvalho escreveu sua poesia sobre a Campanha Y Ikatu Xingu.







Um acordo bem sucedido

Campanha Y Ikatu Xingu

É água limpa e boa

Não é uma coisa à toa

Vem da língua Kamaiurá

Onde procura integrar

Órgãos governamentais

Movimentos sociais

Comércio e sojicultor

Pecuarista e produtor

Índios e ambientalista

Pra junto termos conquista

E dar ao Xingu o seu valor


Ao visitar Água Boa

Foi que tive a certeza

Quando vi sentar à mesa

Os índios e os fazendeiro

Já fiquei no desespero

Pensei, vai da confusão

Assunto preservação coisa chata de falar

Pra quem produz pra exportar

Fala em nome do progresso

Não se limita ao sucesso

Dando chute pro azar


Mas eu me surpreendi

Com as organização

Ao tomarem decisão

De começar a preservar

Até de reflorestar

Os morros e as nascentes

Lagos, rios e afluentes

Pra não faltar a comida

E que ninguém não duvida

Do que foi nosso congresso

Nós conseguiu com sucesso

Um acordo pela vida

Ambrósio Pereira Carvalho, Poeta

Presidente da Associação Renascer, em União do Norte, MT